Série A2 do Brasileiro Feminino conhecerá finalistas no domingo

Da Redação

Série A2 do Brasileiro Feminino conhecerá finalistas no domingo
Reprodução TV

As quatro equipes semifinalistas da Série A2 do Campeonato Brasileiro Feminino já garantiram vaga para a primeira divisão na próxima temporada. Resta agora definir quais serão os times finalistas da competição.

Bahia e Botafogo durante o jogo de ida da semifinal da Série A2 do Brasileiro Feminino (Foto: Marcelo Melo/Bahia)

Neste domingo (17), em Caçador, o Napoli receberá o Real Brasília (equipes empataram por 0 a 0 no jogo de ida) e o Bahia será o mandante contra o Botafogo, na Arena Fonte Nova (na primeira partida houve empate por 1 a 1).

No Tem Mulher na Área desta semana, destacamos as equipes baiana e carioca. O confronto entre os clubes, aliás, terá transmissão da Band TV no domingo, às 16h.

Confira a reportagem em áudio:

BAHIA

De acordo com a volante Eddie, a defesa tem sido um ponto forte, com evolução a cada jogo. Ela comentou que é preciso anular a principal arma do Botafogo: a bola aérea. “Temos uma equipe muito boa, uma zaga que cresce e aparece a cada jogo, não só defensivamente, mas também ofensivamente, porque vem marcando gol. Normalmente vemos só o ataque fazendo e não é o que vivemos no Bahia. Temos um ataque muito bom, pontas muito boas, que vêm ajudando a equipe. A transição é muito boa ofensivamente. Estamos concentradas e espero que possamos usufruir desse próximo jogo da melhor forma”, comentou.

A volante Eddie durante treino do Bahia (Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia)

Aos 35 anos, a experiente jogadora é natural de Capim Grosso, interior da Bahia – quase 270 km da capital. O amor pelo futebol veio de família e já desde quando ela era pequena. “Eu não tive oportunidade de ver nenhum jogo do meu pai, mas todos contam histórias e falam que ele era muito bom. Vi meus irmãos, nenhum foi profissional, mas desde pequena sempre fui afoita, queria estar no meio dos meninos, jogando. Tinha um campinho na minha cidade, em uma praça, chegava da escola, lavava os pratos e ia jogar. Desde o início tive a família do meu lado, nunca sofri preconceito com eles, porque sempre foram muito presentes. Se eu cheguei até aqui é por tudo o que eu passei com o apoio deles, que me fazem ser mais forte a cada dia”, reforça.

Eddie sempre atuou no meio de campo. Em alguns momentos, foi mais ofensiva, até pela força da finalização, ficando mais próxima ao gol, mas, no Bahia, ela está em uma segunda posição, como segunda volante, saindo mais para o jogo. “Eu me sinto confortável jogando assim. Já tentei jogar em outras posições, mas, às vezes, a dependência de pessoas que fazem a bola chegar me deixava agoniada. Há também a facilidade de ter uma pessoa mais à frente, que tem visão de jogo e passe longo. É bom como venho tentando me aperfeiçoar a cada treino”.

A volante analisa a primeira partida contra o Botafogo e pediu cuidado com as bolas aéreas. “Foi um jogo muito bom, de duas equipes super equilibradas. Tivemos paciência, mas precisamos ter cuidado com as faltas, porque, não só nesse jogo, mas nos anteriores, elas são muito fortes na bola parada, precisamos ficar espertas. Elas têm um time bom, tocam muito bem a bola. Vamos tentar pressionar e tirar o espaço delas, tentando ter um bom contra-ataque, aproveitando as oportunidades que vierem.”

BOTAFOGO

A atacante Karol Lins, de 26 anos, foi a responsável por marcar o gol do Botafogo no jogo de ida, no Engenhão.

Ela começou a jogar futebol por volta e 12, 13 anos, em uma escolinha da cidade de Caçapava, interior de São Paulo. “Desde novinha meu pai me levava para jogar no campinho perto da minha casa, porque antes não tinha escolinha. Comecei jogando com os meninos mesmo”, conta.

Karol Lins durante jogo entre Botafogo e Ceará pela Série A2 do Brasileiro Feminino (Foto: Arquivo Pessoal)

Karol sempre jogou buscando o gol, seja como centroavante seja como meia-atacante. Sobre a possibilidade de chegar à final da Série A2, ela comentou que seria um orgulho. “Pelo trabalho que a gente vem fazendo, pela união do grupo, pela dedicação, pela vontade. Eu sou guerreira, determinada, quero a bola o tempo todo. Inclusive brigo com as meninas da equipe para evoluir, incentivar. Eu gosto é de fazer gol”, reforçou.

A jogadora também projetou a final contra o Bahia e explicou o estilo de jogo do Botafogo. “A gente trabalha a bola de um lado para o outro e tentamos ser mais agressivas. A expectativa é enorme porque existe uma possibilidade grande de passar para a final, porque estamos nos dedicando e trabalhando forte para conquistar esse espaço. Vai ser um estilo de jogo de uma semifinal, bom, com os os dois lados querendo vencer, bem disputado e quem errar menos consegue chegar lá”, finalizou.

 

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