"Se Israel não retaliar o Irã, conflito entre países deve cessar", avalia especialista

Leonardo Trevisan, professor de Relações Internacionais da ESPM, avalia que o confronto entre os governos no Oriente Médio pode não prosperar, desde que Israel não prossiga com os ataques

BandNews FM

Professor de Relações Internacionais da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Leonardo Trevisan concedeu uma entrevista exclusiva à BandNews FM e falou sobre o conflito no Oriente Médio.

De acordo com o especialista, tanto as atitudes do Irã quanto de Israel podem ser vistas como uma resposta às dissidências internas. Desse modo, é esperado que não aconteçam novos ataques entre os países.

"Toda cautela é pouca, mas não é o que parece [que há condições para uma guerra generalizada]. Ontem, no fina da noite, o chanceler iraniano declarou: "Nossa ação está concluída, a não ser que Israel nos ataque novamente". [...] O Irã jogou seu jogo, fez um comunicado ao público interno e a vida segue. Se Israel não retaliar, a coisa vai parar por aqui", declarou.

Em relação aos conflitos de Israel com o Líbano, Trevisan pontuou que há uma fragilidade no Estado libanês que permite o crescimento e a validação do Hezbollah como parte do governo, ao menos para sua população.

"O Hezbollah tem rede de hosítais, rede de escolas, rede de assistência social. O Hezbollah é um Estado. É a fragilidade do Estado libanês, ele conta pouco no jogo. Israel não quer ter nenhuma negociação com Hezbollah, mas o Hezbollah é o Estado, de fato", analisou.

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