O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e representantes dos Três Poderes aproveitaram a cerimônia em alusão aos atos criminosos de 8 de janeiro de 2023 para reforçar a necessidade de preservação da democracia. A programação, que aconteceu no Palácio do Planalto, foi marcada pelo retorno à Presidência de obras que foram depredadas na ocasião e por “abraço simbólico”.
"A democracia não é uma coisa pequena, é uma coisa muito grande para quem ama liberdade, cultura, educação, igualdade de direitos. Somente num processo democrático a gente pode conquistar isso. Hoje é dia de dizer, em alto e bom som: ainda estamos aqui”, declarou Lula.
O chefe do executivo assinou decreto que instituiu o Prêmio Eunice de Paiva de Defesa da Democracia, iniciativa do Observatório da Democracia Advocacia-Geral da União (AGU). Essa iniciativa celebra pessoas que preservam a democracia no Brasil. O nome é uma homenagem a advogada Eunice Paiva, viúva do ex-deputado federal Rubens Paiva.
Representantes dos poderes como Edson Fachim, vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, declarou que a data deve ser relembrada com a gravidade que o episódio merece.
Já o vice-presidente do Senado Federal, Veneziano Vital do Rego, pontuou que o evento não era um ato de partidarização. “Nós devemos demonstrar que viver a liberdade de opinião e de contestação é melhor do que viver no manto de quaisquer ditaduras”.
O ministro da justiça Ricardo Lewandowski defendeu a vigilância e a união para a preservação da democracia.
Na etapa de apresentação de obras danificadas em 2023, cerca de 20 itens foram restaurados e reincorporados aos acervos presidenciais. No final do evento, o quadro “As Mulatas”, de Di Cavalcanti, alvo de facadas nos ataques, foi exibido. A restauração custou aproximadamente R$ 2,2 milhões.
A cerimônia foi finalizada com o “abraço da democracia”, na Praça dos Três Poderes. O presidente Lula desceu a rampa do Palácio do Planalto junto com autoridades para encontrar a população para o gesto.