Fernando Schüler (Pensa Brasil)

Schuler: Apesar das brigas, Justiça Eleitoral fez poucas intervenções nesta eleição

Colunista realizou um balanço do período de campanha e elogiou a postura da presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra Cármen Lúcia, pelo perfil pouco intervencionista no comando da Corte

Fernando Schüler (Pensa Brasil)

Fernando Schüler é cientista político e Professor do Insper. Doutor em Filosofia, com pós-Doutorado pela Universidade de Columbia. Recebeu menção honrosa no Prêmio Anpof de melhor tese de doutorado do País (2006/2007).

Schuler: Apesar das brigas, Justiça Eleitoral fez poucas intervenções nesta eleição
Ministra Cármen Lucia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral
Alejandro Zambrana/Secom/TSE

O colunista Fernando Schuler, da BandNews FM, analisou durante a manhã deste sábado (5) - último dia antes do primeiro turno das eleições municipais - o andamento da campanha dos candidatos. Amanhã, os eleitores irão às urnas escolher seus candidatos a vereador e a prefeito.

No entendimento do cientista político, ainda que tenha acontecido algumas confusões ou brigas - como o episódio da cadeirada de José Luiz Datena (PSDB) em Pablo Marçal (PRTB), em São Paulo, ou no debate eleitoral no Piauí, onde um candidato de uma cabeçada no opositor -, a Justiça Eleitoral desempenho um papel pouco intervencionista.

“Tem muito bate boca, mas é normal num mundo digital. Teve pouca intervenção da Justiça Eleitoral. Acho que ninguém está olhando isso, ninguém esta percebendo isso”

"Houve muito menos intervenção da Justiça Eleitoral desta vez do que na eleição presidencial. Talvez vá um pouco da tranquilidade da ministra Cármen Lúcia nesse processo, mas acho que é um dado positivo que temos que observar", disse.

Schuler defende que o Brasil é um país violento e que isso torna a atuação do Tribunal Superior Eleitoral, que conduziu o andamento da campanha nas eleições de maneira mais discreta, louvável.

"O mais grave não é nem a cadeirada, em si. É o fato dela ter sido aceita por muita gente. Houve uma reação ambígua, o candidato continuou participando normalmente das eleições e dos debates", analisou.

"O Brasil é um país violento. Não é a questão de cadeirada. Tivemos o primeiro semestre desse ano, 41 mortes políticas. Ou seja, associadas a políticas. É o que se viu em São Paulo. Não é uma grande questão ideológica, são rixas, provocações", completou.

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