Os sistemas do Ministério da Saúde foram alvo de um novo ataque de hacker entre a noite de domingo (12) e a madrugada de segunda (13), afirmou o ministro Marcelo Queiroga em conversa com os jornalistas no fim da noite. Anteriormente, no meio da tarde desta segunda (13), a pasta disse, em nota, que passava por uma manutenção preventiva, por isso, alguns sistemas estavam inoperantes.
Parte da estrutura de informática do Ministério da Saúde está comprometida desde sexta-feira (10), quando hacker tiraram do ar a página do órgão na internet e derrubaram o aplicativo ConecteSUS, plataforma que concentra informações sobre a vacinação dos brasileiros. Fora do ar, é impossível a emissão do certificado de vacinação, por isso, o governo previa adiar o início da cobrança de atestado de imunização na fronteira. Por decisão judicial, no entanto, a obrigatoriedade da vacinação para entrar no Brasil já está em vigor.
Segundo o ministro Queiroga, o segundo ataque foi de “menor monta” e diferente do primeiro ataque. O titular da Saúde disse ainda que as equipes de informática trabalham para que tudo seja reestabelecido o mais rápido possível, mas não se comprometeu com um prazo.
Antes do anúncio do novo ataque, existia a expectativa de parte dos sistemas voltasse a funcionar nesta terça-feira (14). Com os novos acontecimentos pode haver atrasos.
O impacto na rede de informática do Ministério da Saúde é investigado pela Polícia Federal e pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. O GSI afirmou que diferentes órgãos do governo trabalham para o reestabelecimento da rede e disse que “incidentes cibernéticos contra órgãos do governo” estão em curso desde sexta-feira.
Com parte dos sistemas comprometidos, estados também estão com dificuldades de acessar os servidores para informação sobre a vacinação e o diagnóstico de casos confirmados da Covid-19. Ainda não se sabe o impacto todo do apagão de sistemas em curso.