Passadas 45 horas do temporal que atingiu São Paulo na sexta-feira (11), cerca de 760 mil consumidores da capital paulista e de cidades da região metropolitana seguem sem energia elétrica na tarde deste domingo (13). A Enel segue sem estabelecer um prazo para a retomada absoluta do abastecimento, enquanto os consumidores reclamam da falta de assistência por parte da concessionária.
Segundo a empresa, rajadas de vento de 107 km/h atingiram a rede e o trabalho de reconstrução é complexo. Além de São Paulo, os clientes em Cotia, São Bernardo do Campo e Taboão da Serra também enfrentam problemas ainda.
Insatisfeito com os problemas, o governo tem cobrado uma solução mais célere das distribuidoras de energia. Neste domingo (13), já no fim da tarde, a Agência Nacional de Energia Elétrica se reúne com representantes da Enel e de outras concessionárias que atuam em solo paulista. Neoenergia Elektro, EDP São Paulo, Energisa Sul-Sudeste, CPFL Piratininga, SPFL Paulista, CPFL Santa Cruz, CTEEP e Eletrobrás Furnas foram convocadas.
O ministro de Minas e Energia cobrou da Aneel uma ação efetiva contra as distribuidoras e convocou o diretor-presidente Sandoval Feitosa Neto para uma reunião de emergência na capital paulista. O encontro está previsto para a tarde de segunda-feira (14).
Durante o fim de semana, a agência responsável por fiscalizar os contratos de concessão do setor elétrico disse que estava com fiscais atuando em São Paulo. A autarquia ainda disse que poderia sugerir a caducidade do contrato da Enel caso a resposta proposta pela empresa fosse insuficiente. A medida significaria o rompimento do contrato da Enel.
A concessionário defende que está com equipes empenhadas nas ruas e diz que enfrenta problemas com muitos impactos simultâneos na rede.