Cerca de um milhão de consumidores seguiam sem luz em São Paulo e na região metropolitana na noite de sábado (12), 24 horas depois do temporal que atingiu a área na noite de sexta (11). No auge do desabastecimento, 2,1 milhões de consumidores da Enel ficaram às escuras.
A empresa afirmou não ser possível passar um prazo para a retomada completa da energia para não frustrar os consumidores, mas garantiu trabalhar com celeridade e com equipe reforçada.
A companhia é responsável pela distribuição da energia na capital paulista e em outros 21 municípios. O Ministério de Minas e Energia cobrou providências da Agências Nacional de Energia Elétrica, enquanto a Aneel afirmou que uma equipe fiscaliza os trabalhos da Enel e cobrou a apresentação de um plano de retomada breve do abastecimento.
Segundo a Aneel, caso as medidas não sejam suficientes, vai propor a caducidade – o rompimento – do contrato com a concessionária.
Por falta de energia, a Sabesp, responsável pelo abastecimento de água no estado, pediu o uso consciente da água. 16 estações elevatórias foram afetadas pela falta de energia e além da capital, outros quatro municípios podem ter falta de água.
Nas ruas de São Paulo, a falta de energia tumultua o trânsito e provoca prejuízos. O comércio reclama por não conseguir abrir as portas e perdeu dinheiro com um dia a menos trabalhado. A falta de semáforos também atrapalhou o ir e vir em diferentes regiões da cidade.
Não há um boletim oficial de quantas árvores caíram na cidade. Mas as rajadas de vento que se aproximaram de 100 km/h provocaram muitos estragos. Pelo menos quatro pessoas morreram atingidas por troncos e galhos, enquanto uma família de Bauru foi vítima de um muro que ruiu no momento da chuva.