Cidades paulistas participam neste sábado (08) do Dia D de vacinação contra a poliomielite – também conhecida como paralisia infantil. Na capital paulista, todas as 471 unidades básicas de saúde participam da campanha, que também disponibiliza doses de outros imunizantes para atualização da carteira de vacinação.
A ação tem como público alvo crianças de 1 a 4 anos. A meta é vacinar 95% dessa faixa etária. Desde 2016, a marca não é alcançada.
O último caso registrado de poliomielite no estado de São Paulo foi no município de Teodoro Sampaio em 1988. A doença é considerada erradicada no Brasil desde 1989.
De acordo com o Painel de Monitoramento do Ministério da Saúde (MS), até o começo de junho a campanha atingiu pouco mais de 36 mil crianças, o que demonstra baixa adesão à campanha.
A diretora da Divisão de Imunização do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, Maria Lígia Nerger, destaca os riscos de o país não atingir a meta de vacinação em anos consequentes.
“O importante é melhorar a cobertura vacinal e diminuir o número de crianças desprotegidas contra poliomielite. A doença ainda existe em outros países, então há um risco da pólio ser reintroduzida no país”, diz a diretora.
Maria Ligia Nerger também alerta para as facilitadas formas de transmissão da doença, o que reforça a importância de as crianças estarem imunizadas. “A pólio pode ser transmitida por gotículas de saliva e também por transmissão de fezes contaminadas pelo vírus. Os sintomas podem ser problemas respiratórios, febre, problemas intestinais. Cerca de 1% dos infectados tem paralisia”, explica.
Para crianças que não foram vacinadas entre 1 e 4 anos, o indicado é levá-las a uma UBS para verificar a situação vacinal. “A situação vacinal será avaliada e havendo a necessidade serão ministradas as doses necessárias”, afirma a diretora.
*Sob supervisão de Eduardo Frumento