O Aeroporto Santos Dumont, no centro do Rio de Janeiro, vai ficar limitado a duas pontes aéreas: Brasília e Congonhas. A informação foi confirmada pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes, durante entrevista coletiva em Brasília, após reunião com o presidente Lula e o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França. As medidas devem começar a valer a partir de janeiro de 2024. No entanto, ainda não há data definida para o início da medida.
Paes entregou ao presidente uma minuta de uma portaria para oficializar a medida. Lula acatou a ideia e vai redigir o documento nos próximos meses.
A medida era uma cobrança de autoridades fluminenses, que defendem um maior equilíbrio do fluxo de passageiros em relação ao Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio. Apesar de ter capacidade para receber anualmente 37 milhões de passageiros, o terminal recebeu quase 6 milhões de pessoas no ano passado, seis vezes menos. Por outro lado, o Santos Dumont registrou mais de 10 milhões de passageiros em 2022.
Na segunda-feira (12), o governador do Rio, Cláudio Castro, disse que existe a possibilidade da criação de uma empresa pública para gerir o Aeroporto Santos Dumont. Esse assunto não foi priorizado na reunião desta quarta-feira (14). O político afirmou que também há a possibilidade dos dois principais aeroportos do estado serem geridos de forma compartilhada por uma concessionária.
A reunião entre os políticos não debateu a concessão do Aeroporto Internacional. Após desistir de encontrar o contrato, o grupo Changi decidiu voltar atrás e quer continuar a operar o Galeão. O Tribunal de Contas da União recomendou que as exigências da Changi para desistir da concessão não sejam aceitas pelo governo.
A concessionária chegou a manifestar o interesse de prosseguir com a administração, mas com a redução do valor pago anualmente para a manutenção da concessão, o que não é aceito pelo Ministério de Portos e Aeroportos. A Changi detém cerca de 51% do aeroporto. Já a Infraero é dona dos outros 49%.