Conhecida como Djidja Cardoso, a ex-sinhazinha do Boi Garantido Dilemar Cardoso da Silva, de 32 anos, morreu de edema cerebral e depressão cardiorrespiratória, de acordo com laudo da necropsia Instituto Médico Legal (IML) divulgado nesta sexta-feira (7).
A Polícia Civil ainda investiga se a morte teve relação com o abuso de cetamina, tranquilizante de animais de grande porte que causa alucinações em humanos.
Segundo as investigações, a família de Djidja liderava uma seita religiosa – intitulada “Pai, Mãe, Vida” – que fornecia, incentivava e aplicava à força a droga em seus integrantes. Djidja foi encontrada morta na casa onde morava, em Manaus, em 28 de maio.
"Morte a esclarecer"
O delegado adjunto da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros do Amazonas, Daniel Antony, esclareceu nesta sexta-feira que, até o momento, não há indícios claros de que a morte tenha sido provocada por ação direta ou negligência de terceiros.
A investigação está tratando o caso como "morte a esclarecer" devido à falta de evidências conclusivas no local onde o corpo foi encontrado.
Adicionalmente, surgiram nas redes sociais acusações feitas por parentes de Djidja, de que a família de administraria cetamina à matriarca, Maria Venina Cardoso, que faleceu aos 84 anos em junho do ano passado de AVC.
O delegado informou que, apesar das denúncias nas redes sociais, a polícia ainda aguarda um acionamento formal da família para iniciar uma investigação oficial sobre a morte.
No caso, a polícia já prendeu quatro pessoas:
- Ademar Cardoso, irmão de Djidja;
- Cleusimar Cardoso, mãe de Djidja;
- Verônica Seixas, gerente do salão de beleza da família;
- e Marlisson Vasconcelos, cabeleireiro do salão.
- Claudiele Santos, também envolvida, teve sua prisão convertida para domiciliar por ser mãe de uma criança pequena.
Ainda será ouvido pelas autoridades o proprietário de uma clínica veterinária em Manaus, suspeita de fornecer a cetamina usada pela família de Djidja.