População de Canoas, no RS, reclama de não conseguir retirar doações

Prefeitura de Canoas indica que itens sejam retirados em um único centro, mas transporte pela cidade é difícil, de acordo com moradores

Da redação

População de Canoas, no RS, reclama de não conseguir retirar doações
Resgate Rio Grande do Sul
Amanda Perobelli/Reuters

Prefeitura de Canoas indica que itens sejam retirados em um único centro, mas transporte pela cidade é difícil, de acordo com moradores

Parte da população de Canoas, um dos 428 municípios afetados pela enchente no Rio Grande do Sul, reclama de não conseguir retirar alimentos, roupas e itens de higiene pessoal nos abrigos geridos pela prefeitura.

O órgão municipal estabeleceu que as doações dos abrigos são somente para quem está morando naquele determinado local. Já as 68,2 mil pessoas que estão em abrigos voluntários devem retirar os itens no centro de distribuição, localizado na região central da cidade.  

O problema, no entanto, é que muitas pessoas perderam o carro nas enchentes e o transporte público está com operação afetada. Assim, os desabrigados estão andando longas distâncias para conseguir alimentos, cobertores e outros itens. Mais de 17 mil já buscaram doações na cidade.

Volta para casa

Com trabalhos de resgate quase finalizados, a Prefeitura está na segunda parte do processo de ajuda e recepção aos atingidos pela tragédia, com distribuição de doações. São pouco mais de 23 mil pessoas em 95 abrigos cadastrados pelo órgão e mais 68,2 mil em locais voluntários.

O prefeito do município, Jairo Jorge (PSD), divulgou estimativa de 45 a 60 dias para que moradores da área atingida voltem a suas casas e chequem se é possível voltar a residir no local. No total, dois terços do território de Canoas foi atingido e o processo de reconstrução ainda não começou.

Números das chuvas no RS

  • Na atualização da tarde desta quinta (9), o número de mortos nas enchentes causadas pelos temporais no Rio Grande do Sul subiu para 107, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira (9), às 9h, pela Defesa Civil do estado.
  • Outras 374 pessoas ficaram feridas e 136 estão desaparecidas.
  • São 428 municípios afetados, 67.563 pessoas em abrigos e 165.112 desalojadas.
  • Um óbito segue em investigação.
  • No total, 1.482.006 pessoas foram afetadas pela tragédia.

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