Após 53 dias viajando pelo espaço, a sonda chinesa Chang'e-6 retornou à Terra com amostras coletadas da região lunar que é permanentemente invisível para nós.
O país alcançou o feito de ser o primeir a coletar e trazer amostras do lado oculto da Lua para a Terra.
Marcado por crateras que nunca foram cobertas por fluxos de lava, essa parte lunar pode conter respostas sobre a origem do satélite.
A análise dessas amostras pode revelar detalhes inéditos sobre a história geológica e, possivelmente, fornecer pistas sobre os processos que levaram à sua formação.
O pouso da sonda foi um sucesso, conforme anunciaram os cientistas chineses, e agora o material coletado passará por um rigoroso processo de análise.
Exploração espacial chinesa
O marco na exploração lunar é apenas um passo nos planos da China para o espaço. Além de estudos científicos, o país tem como objetivo enviar uma missão tripulada à Lua até 2030, rivalizando com os feitos dos Estados Unidos na década de 1960.
A exploração espacial, embora extremamente dispendiosa, tem gerado inovações tecnológicas e científicas que, muitas vezes, não chegam ao conhecimento do grande público.
Um exemplo disso é o Instituto Sueco de Física Espacial, que possui um equipamento a bordo da sonda chinesa para medir íons negativos, contribuindo para uma série de pesquisas que ainda serão divulgadas.