Sedação, duas embarcações e uma equipe de nove pessoas. Isso foi o necessário para resgatar o cavalo que ficou conhecido como Caramelo nesta quinta-feira (9), depois que a imagem do animal ilhado em cima de um telhado do município de Canoas (RS) gerou comoção nacional.
Identificado antes como égua, o cavalo de cerca de 400 quilos ficou quatro dias à espera de um resgate. A espera terminou com um final feliz, graças ao trabalho do Corpo de Bombeiros.
Depois de segurar o animal, os agentes aplicaram o sedativo, para poder realizar o transporte. O bicho, então, foi levado adormecido no bote, rumo a um abrigo.
"Fizemos a contenção mecânica, depois a contenção química com os veterinários. Posicionamos ela na nossa balsa e trouxemos para a margem com segurança", contou o capitão Franco, à frente da operação.
"Não basta o resgate, tem que tentar chegar de uma maneira mais calma, mais tranquila, afinal de contas o animal também está assustado nessa situação", disse.
Infelizmente, o capitão relatou que outros animais não tiveram a mesma sorte de Caramela. "Muitos animais (ficaram para trás) mesmo. Cães, gatos, cavalos. Os animais também são motivos dos nossos resgates e são, infelizmente, muitos animais".
Números da tragédia
O número de mortos nas enchentes causadas pelos temporais no Rio Grande do Sul subiu para 107, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira (9), às 9h, pela Defesa Civil do estado. Outras 374 pessoas ficaram feridas e 136 estão desaparecidas.
São 425 municípios afetados, 67.542 pessoas em abrigos e 164.583 desalojadas. Um óbito segue em investigação. No total, 1.476.170 pessoas foram afetadas pela tragédia.