A capital ucraniana voltou a ser alvo de bombardeios russos nesta segunda-feira (10), explosões foram registradas no centro da cidade e sirenes voltaram a soar na localidade para alertar os cidadãos sobre os ataques. Kiev já esperava por uma retaliação após a explosão de uma ponte na Crimeia e a população local foi orientada a procurar apoio nas estações de metrô, que funcionam como abrigo antibombas.
O Ministério do Interior da Ucrânia afirma oito pessoas morreram e 24 ficaram feridas no lançamento de mais de 75 mísseis russos. Além da capital, Dnipro, área industrial vizinha a Kiev, e Lviv, cidade mais próxima da fronteira com a Polônia, foram atacadas. Imagens mostram carros em chamas, fachadas de prédios danificadas e pessoa feridas.
No sábado (08), um caminhão bomba implodiu parte de uma ponte que liga a península da Crimeia à Rússia continental. A área foi anexada por Vladimir Putin em 2014. Uma resposta russa após o ataque a estrutura era esperada. Moscou falou no domingo (09) que a ação foi um ataque terrorista, embora autoridades ucranianas não tenham reivindicado autoria da explosão.
Após meses de calmaria, a capital ucraniana vinha sendo poupada dos ataques russos. As tropas estavam concentradas em manter territórios no sul e no leste, garantindo a presença nas áreas conquistas e anexadas sem o reconhecimento internacional. Nos últimos dias, os ucranianos tiveram vitórias nas áreas conquistadas pela Rússia.
Em resposta, Vladimir Putin nomeou um comandante para a guerra e determinou a convocação de 300 mil russos para engrossar as fileiras de combate na Ucrânia.
Nos ataques desta segunda, autoridades ucranianas afirmaram que a infraestrutura civil foi alvo dos ataques. No domingo (09), um vilarejo da Ucrânia foi atacado e 17 pessoas morreram. As autoridades russas não responderam sobre os ataques, que por atingir civis podem ser considerados crimes de guerra.