Rússia prende jornalista americano por suspeita de espionagem

Repórter do Wall Street Journal foi detido por supostamente tentar obter informações secretas; periódico norte-americano nega as acusações e exige a libertação do profissional

BandNews FM

Rússia prende jornalista americano por suspeita de espionagem
Reuters

A Rússia prendeu nesta quinta-feira (30) um jornalista americano acusado de espionagem. A detenção foi na cidade Iekaterinburgo e segundo o Serviço de Segurança Russo (FSB) o repórter do Wall Street Journal passava informações sobre uma fábrica militar para Washington.

Evan GershKovich é cidadão americano, mas de origem russa. Não foram apresentadas evidências imediatas de que ele seria um espião. A direção do jornal pediu a imediata libertação do profissional.

A detenção sob acusação de espionagem americana é a primeira desde o fim da Guerra Fria, no fim dos anos 1980.

Evan foi apresentado em um tribunal de Moscou e deve ficar detido inicialmente até 29 de maio, quando participará de uma audiência. O advogado do jornalista disse que não teve acesso ao local da audiência.

Em nota, o The Wall Street Journal, negou as acusações e prestou solidariedade ao repórter e a família dele.

O FSB informou que GershKovich foi detido enquanto tentava obter informações secretas. “Foi estabelecido que Evan GershKovich, agindo sob uma missão do lado norte-americano, estava reunindo informações classificadas como segredo de estado sobre a atividade de uma das empresas do complexo militar-industrial da Rússia” afirma a órgão russo.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, anunciou que o trabalho feito por Evan “não tinha nada a ver com jornalismo” e destacou que ele foi pego em flagrante. Também não foram apresentadas provas.

O porta-voz do Kremlin disse que o assunto era do Serviço de Segurança e não se pronunciaria.

O repórter estava na Rússia desde 2017 e trabalhou em um jornal local, antes de prestar serviço para agências de notícia e ser contratado pelo periódico americano em janeiro do ano passado.

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