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Rússia intensifica ataques em Kiev e Mariupol; Ucrânia nega rendição

Capital ucraniana decretou novo toque de recolher até a próxima quarta-feira (23)

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Ataques em Mariupol são intensificados. Foto: Reuters
Foto: Reuters

A capital da Ucrânia adota novo toque de recolher a partir desta segunda-feira (21). Os moradores de Kiev não podem sair de casa entre 20h e 7h de quarta-feira (23), no horário local. Lojas, farmácias e postos de gasolina não vão abrir.

A medida ocorre após um bombardeio atingir um shopping center e matar oito pessoas. As tropas russas continuam avançando em direção a cidade, enquanto ucranianos e russos continuam negociando um acordo de cessar-fogo.

Segundo a Rússia, armas eram escondidas no shopping, mas não foram apresentadas comprovações.

Em Mariupol, cidade portuária ao sul da Ucrânia, a expectativa é que os soldados russos tomem a região portuária em até uma semana. A região está há duas semanas com um forte cerco militar que impede a chegada de suprimentos para os moradores. Quase 400 mil pessoas estão em situação muito difícil no local, falta até gás para o sistema de aquecimento das residências.

Autoridades acreditam que não será possível criar novos corredores humanitários para a retirada de civis, mesmo com os relatos de falta de comida, remédio e eletricidade na cidade.

A conquista de Mariupol é vista como estratégica pela Força Militar de Vladimir Putin. O acesso ao Mar de Azov é importante, além de estar entre a Crimeia, área anexada pelos russos em 2014, e a região separatista de Donetesk.

Um líder separatista diz que a Rússia precisa de uma semana para tomar a cidade. A Ucrânia negou que Mariupol vá se render.