Rússia aumenta força militar contra cidades ucranianas no 6º dia de guerra

Kharkiv, segunda maior cidade da Ucrânia, é alvo de bombardeios e já estaria, em partes, sob comando russo

BandNews FM

Prédio da administração municipal de Kharkiv, 2º maior cidade ucraniana, foi atingido. Foto: Vyacheslav Madiyevskyy/Reuters
Prédio da administração municipal de Kharkiv, 2º maior cidade ucraniana, foi atingido.
Foto: Vyacheslav Madiyevskyy/Reuters

O prédio da administração municipal de Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, é alvo de um míssil no sexto dia de conflito com a Rússia. Nesta terça-feira (1º), as tropas russas aumentaram a escalada militar contra áreas urbanas e alvos civis foram bombardeados, segundo a imprensa local.

Em imagens sobre o ataque em Kharkiv, o artefato não atinge diretamente o edifício da administração regional, mas cai logo na frente da construção. Ainda não há informações de vítimas nessa ocorrência. Segundo o governante local, Oleg Sinegubov, a Rússia iniciou um genocídio contra ucranianos, mas que a cidade resiste ao avanço militar das tropas de Putin.

Na capital da Ucrânia, a madrugada de terça-feira foi particularmente tranquila e a ofensiva russa para tomar a cidade não ocorreu conforme o previsto.

A Rússia aumentou a escalada militar após o término sem resultado de um encontro de paz na Belarus nesta segunda (28). As delegações envolvidas na negociação de um cessar-fogo vão voltar a se encontrar após consultas aos respectivos governos. Ainda não há uma data para uma nova rodada de conversas.

Imagens de satélite mostram que um comboio russo avança em direção a Kiev. Tanques, veículos de artilharia e caminhões do Exército da Rússia estão a 25 quilômetros do centro da capital, mas parecem encontrar dificuldades logísticas para avançar, segundo relatos da imprensa internacional.

No sul do país, em Kherson, nas proximidades da fronteira com a Crimeia, imagens mostram as tropas invasoras entrando na cidade ucraniana. A região tem importância estratégica pela proximidade com a localidade ocupada pela Rússia em 2014 e ponto de partida para a rebelião separatista em Donbass, onde estão localizadas Donetsk e Lugansk, as repúblicas separatistas reconhecidas como independentes por Putin.

Em uma publicação no Facebook e no Telegram, o Ministério da Defesa da Ucrânia acusou os russos de acertar alvos civis