Juliana Rosa: BC destaca gastos públicos e descontrole fiscal para justificar alta de juros

Colunista pontua que ritmo econômico pautado pelo governo pressiona a inflação e 'força' o orgão a atuar sobre a Selic; Comitê de Política Monetária não estipulou prazo para fim do ciclo de alta nos juros

A colunista Juliana Rosa, da BandNews FM, analisou durante a manhã desta terça-feira (24) a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). 

Na última reunião, o grupo de diretores do BC optou por ampliar a taxa básica de juros em 0,25 pontos percentuais.

De acordo com a analista, o órgão ressaltou que a alta da Selic foi uma medida para aliviar a pressão que existe sobre a inflação - já no topo da meta estipulada pelo governo.

No entanto, um dos principais pontos de pressão que atualmente incidem sobre a taxa inflacionária são os gastos desenfreados do governo federal e o descontrole fiscal.

"O governo pode ajudar equilibrando o ritmo do gasto público. Isso é importante, não só para a questão da inflação, mas também para contribuir para os juros subir menos, e para o Brasil conseguir o graus de investimento, o selo de bom pagador", disse.

Por fim, o Copom ressaltou em sua ata que não há previsão de fim do ciclo de alta nos juros. É possível que haja, ainda, outras altas na taxa Selic nas próximas duas reuniões do Comitê de Política Monetária que deverão ocorrer neste ano: em 5 e 6 de novembro, e 10 e 11 de dezembro.

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