Rodrigo Orengo: Lula deve diminuir as críticas ao BC com Galípolo na presidência

Colunista analisou a iminente saída de Roberto Campos Neto da presidência do Banco Central, e como o comportamento do governo federal deverá mudar com a chegada de Galípolo no comando do órgão

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Rodrigo Orengo

Diretor de jornalismo da Band em Brasília. Formado em Jornalismo pela PUCRS, com MBA em Gestão Empresarial pela FGV e curso de Filosofia Política pela Universidade de Oxford, Rodrigo Orengo participa diariamente do noticiário da manhã da BandNews FM.

O colunista Rodrigo Orengo, da BandNews FM, analisou durante a manhã desta terça-feira (9) a respeito da possível aprovação de Gabriel Galípolo, atual diretor de política monetária do Banco Central, como presidente do órgão.

Ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Galípolo deverá substituir Roberto Campos Neto na liderança do BC. Segundo Orengo, é esperado que haja uma mudança no comportamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após a mudança.

"Sempre quando se tem uma trava na redução da taxa de juros, ou até elevação, se tem uma crítica do Palácio do Planalto. Agora, com uma pessoa que vai entrar e que estava até pouco tempo no governo, se perde esse antagonista", analisou.

Campos Neto é tido como um opositor para o governo federal, em decorrência da sua proximidade com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e por sua indicação ter acontecido pelo governo anterior.

"Na postura dele, Galpipolo, desde que ele entrou no Banco Central, a maioria das votações foi em linha com Roberto Campos Neto. O que deve acontecer é que o presidente deve perder a figura do 'boda expiatório', deve perder o antagonista", disse.

Orengo ainda ressalta que Galípolo não deve encontrar dificuldades para ser aprovado, mas que haverão questionamentos sobre seus comportamentos por senadores não alinhados com o governo federal.

"Claro que a gente vai ter parlamentares de oposição tentando gerar constrangimento e questionando Galípolo se ele vai ter independência. Por quê? Porque ele era o 'número 2' da Fazenda até pouco tempo, estava conduzindo políticas de governo", pontuou.

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