Rodrigo Orengo

Rodrigo Orengo: Brasil resiste em 'virar a página' em temas relacionados ao Golpe

Colunista falou sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal que proibiu que o Estado brasileiro gastasse recursos públicos para promover comemorações ao início da ditadura militar

Rodrigo Orengo

Diretor de jornalismo da Band em Brasília. Formado em Jornalismo pela PUCRS, com MBA em Gestão Empresarial pela FGV e curso de Filosofia Política pela Universidade de Oxford, Rodrigo Orengo participa diariamente do noticiário da manhã da BandNews FM.

O colunista Rodrigo Orengo, da BandNews FM, falou durante a manhã desta segunda-feira (30) sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de proibir que o Estado pudesse utilizar recursos públicos para celebrar o Golpe de 1964.

No entendimento da Suprema Corte, a Constituição de 1988 não admite o enaltecimento de golpes militares. Apenas três ministros votaram contra - Dias Toffoli Nunes Marques e André Mendonça -, mas as justificativas foram sobre tecnicidades do processo e não pelo mérito.

"Interessante avaliarmos esse caso, porque a gente nota que, durante quatro anos [em que o processo correu no STF] um assunto de 1964, a gente vê a dificuldade de virar essa página e o assunto mobilizou o Judiciário", analisou.

Em 2020, o Ministério da Defesa determinou que fosse criada a "Ordem do Dia Alusiva" ao 31 de março de 1964. A ação seria uma "comemoração" à intervenção militar na democracia brasileira.

Tópicos relacionados