O colunista Rodrigo Orengo, da BandNews FM, analisou durante a manhã desta quinta-feira (21) os desdobramentos do novo depoimento que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, dará à Polícia Federal ainda hoje. No local, estará presente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Segundo Orengo, há um questionamento por parte dos advogados dos investigados sobre a atuação do magistrado neste caso, já que Moraes é parte envolvida. O ministro foi alvo de um plano para assassiná-lo, junto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).
"Tem esse questionamento técnico, se Moraes deveria ser a pessoa a colher o depoimento já que está como uma das vítimas dessa trama escancarada pela Polícia Federal. É um grande debate jurídico, é o que a gente ouve de advogados investigados", pontuou.
Orengo afirma, ainda, que a possibilidade de Cid apresentar novos fatos para os investigadores durante o depoimento que acontecerá nesta quinta, também pode ser visto como omissão - que levaria o militar a perder os benefícios de sua delação premiada.
"Depois de tanto tempo apresentar uma novidade? Quando se fecha o acordo de delação premiada, se espera que a pessoa colabore, que entregue algo que será muito importante para a investigação e a avaliação dos investigadores, agora, é a de que Cid omitiu isso e apagou mensagens", finalizou.