Rodrigo Haidar: Constranger autoridades públicas é perder a noção da civilidade

Colunista opinou sobre caso de suposta agressão ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e posicionou-se de maneira contrária ao episódio

BandNews FM

Rodrigo Haidar: Constranger autoridades públicas é perder a noção da civilidade
Suspeito de hostilizar Alexandre de Moraes presta depoimento e nega crime
Agência Brasil

O colunista da BandNews FM, Rodrigo Haidar, participou na manhã desta terça-feira (18) do Jornal BandNews FM e falou a respeito do caso de suposta agressão sofrida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e seus familiares no aeroporto de Roma, na Itália.

Segundo o jornalista, o ato de constranger autoridades públicas em espaços frequentados por outras pessoas faz com que a sociedade brasileira "desça degraus importantes na civilidade".

"A gente não pode deixar isso acontecer em hipótese alguma. Se você não concorda com as decisões de Moraes, existem instrumentos no processo legal republicano. Existe a possibilidade de impeachment de ministros do Supremo no Senado. Vá lá e apresente um pedido."

Rodrigo também afirmou que a legislação brasileira deveria ser adequada para que crimes como de constrangimento público de autoridades políticas ou jurídicas.

"Sempre é ruim fazer leis no calor de acontecimentos. Temos vários exemplos de leis que acabaram tortas por conta disso. Mas, nesse caso, por conta do histórico, todo mundo sofre com isso."

O colunista da BandNews FM pontuou que, caso os relatos sobre o caso envolvendo o ministro da Suprema Corte se confirmem, os agressores poderão responder por três crimes: lesão corporal, ameaça ou crimes contra a honra - injúria, calúnia ou difamação.

Entenda o caso

Em 14 de julho, no aeroporto de Roma, na Itália, o ministro Alexandre de Moraes foi hostilizado por três brasileiros. Seu filho teria sido agredido com um tapa no rosto. O magistrado encontrava-se em território italiano para realizar uma palestra na Universidade de Siena. Identificados, os agressores prestaram depoimentos à Polícia Federal, negaram as agressões e disseram que houve uma confusão entre os envolvidos.