O diretor de conteúdo do Grupo Bandeirantes de Comunicação, Rodolfo Schneider, afirma que, nas duas horas de debate da Band, neste domingo (16), pouco se ouviu sobre propostas de governo, e que os dois candidatos à presidência focaram em ataques.

O primeiro encontro do segundo turno entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) ocorreu em um formato inovador, o mesmo adotado no debate entre candidatos ao governo de São Paulo na segunda-feira anterior (10).

Rodolfo Schneider avalia que, diante das novas regras, os candidatos tentaram fugir de respostas objetivas para algumas questões. Bolsonaro, por exemplo, não respondeu à pergunta do próprio Rodolfo Schneider sobre a possibilidade de privatização da Petrobras em uma eventual reeleição. Já Lula esperou até o fim do tempo para dar uma resposta objetiva.

Para o diretor nacional de conteúdo do Grupo Bandeirantes, o candidato do PT adotou uma boa tática no primeiro bloco, enquanto o atual presidente conseguiu vantagem no terceiro. No segundo, na avaliação de Rodolfo Schneider, o debate foi equilibrado entre os dois: “Me parece um empate técnico”, afirmou. 

Para o diretor de conteúdo Lula perdeu o controle do tempo no último bloco e a campanha dele tentou sinalizar para o candidato petista.

“O que não faltou foi oportunidade”, disse Rodolfo Schneider, que reiterou que cada candidato teve 30 minutos livres para trazer propostas. “Ninguém discutiu o SUS, Bolsonaro não explica sobre educação e Lula não fala sobre economia”, lembrou.