RJ: Médico acusado de manter paciente em cárcere privado por dois meses é preso

Homem já havia sido detido por venda e aplicação de medicamentos sem registros pela Anvisa

Rádio BandNews FM

Equipe que trabalha com Bolivar negou acusações.
Foto: Reprodução

O médico equatoriano suspeito de manter uma paciente em cárcere privado por dois meses em um hospital na Baixada Fluminense já foi preso em 2010 por crime envolvendo atividade estética. Bolivar Guerrero Silva, de 63 anos, foi alvo de uma ação da Delegacia de Atendimento à Mulher de Duque de Caxias nesta segunda-feira (18). Ele é acusado de impedir a transferência de uma mulher que passou por uma cirurgia plástica na unidade.

Parentes da vítima relataram a Polícia Civil que ela foi submetida a uma abdominoplastia em março, realizada pelo cirurgião. Três dias após receber alta, ela passou mal e novamente procurou a clínica. Desde então, ela passou por outros procedimentos e não deixou mais o local.

Ainda segundo os relatos de amigos e familiares, o quadro da paciente é grave e requer cuidados. Apesar dos agentes já terem solicitado o prontuário médico, o documento ainda não foi entregue pela direção do Hospital Santa Branca. No último sábado (16), a Justiça decretou a prisão temporária de Bolivar, além da suspensão do registro dele no Conselho Regional de Medicina.

Além disso, na decisão, a juíza Renata Travassos Medina de Macedo, da Vara de Violência Doméstica de São João de Meriti, também determinou a expedição de mandados de condução coercitiva contra membros da direção e funcionários da unidade.

Nesta segunda (18), também foram cumpridos mandados de busca e apreensão. Ainda não há informações sobre uma transferência da vítima. Segundo a Polícia Civil, o cirurgião prestou depoimento. A expectativa é que mais testemunhas do caso sejam ouvidas em breve.

Por uma rede social, a equipe que trabalha com Bolivar negou que o médico estivesse mantendo a paciente em cárcere privado. Ainda de acordo com a publicação, o equatoriano teria aceito liberá-la caso ela assinasse a alta à revelia. O texto diz ainda que o intuito de Bolivar era prestar toda a assistência até que ela estivesse recuperada.

As investigações apontam que o cirurgião já foi preso em 2010, acusado de integrar um grupo que comercializava ou aplicava medicamentos sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

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