RJ: Justiça nega pedido de prisão de PRFs envolvidos na morte da menina Heloísa

Juiz alega que não há indícios de que agentes estejam interferindo nas investigações

BandNews FM

Menina Heloísa
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Os três agentes da Polícia Rodoviária Federal envolvidos na abordagem, que terminou na morte de menina de 3 anos, seguem afastados das funções. Na segunda-feira (18), a Justiça Federal negou a prisão deles. Na decisão, o juiz Ian Legay Vermelho alegou que não há indícios de que os agentes estejam interferindo nas investigações e não há informações sobre desvios, excessos ou ilegalidades anteriores.

Heloísa dos Santos Silva foi atingida por um tiro quando a família passava pelo Arco Metropolitano, na Baixada Fluminense, e chegou a ficar nove dias internada.

A tia de Heloísa afirma que um dos agentes pediu para ela ficar quieta no caminho até o hospital. Rayra Fernanda dos Santos estava dentro do carro que foi atingido pelos tiros.

Em depoimento ao Ministério Público Federal, a tia disse que entrou em desespero após o ocorrido e que o agente que estava dirigindo a viatura até a unidade de saúde reclamou que a familiar estava atrapalhando.

Ela também contou que 28 policiais estiveram no hospital na noite do ocorrido e que os agentes chegaram a pedir para retirar materiais de dentro do carro da família. Rayra afirmou que eles demonstravam muita preocupação com o veículo, pediram os documentos e usavam até lanternas para averiguar o que havia dentro.

Quando Heloísa estava sendo atendida, um policial teria chamado Rayra para mostrar um projétil que acertou o carro da família. Na conversa, ele ainda teria pedido para a tia ir até a viatura da PRF para verificar se ela também não havia sido atingida, o que ela negou e reforçou que apenas os policiais atiraram.

Também em depoimento ao MPF, o pai da menina, Willian Silva, contou que os policiais insinuaram à família que os tiros teriam sido disparados por outras pessoas e que a viatura também teria sido atingida.

Na terça-feira (19), a mãe de Heloísa também prestou depoimento ao MPF.

Em nota, a PRF afirmou que não há marca de tiro na viatura e ressaltou que o agente envolvido na ocorrência disse ter ouvido algo semelhante a um antes de disparar contra o carro da família. A corporação afirmou que enviou viaturas ao hospital para dar apoio aos policiais e que eventuais condutas individuais serão investigadas.

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