O governo do Estado do Rio de Janeiro manteve os pagamentos ao laboratório PCS Lab Saleme - pivô do escândalo dos testes errados de HIV em órgão transplantados - mesmo após a confirmação de que os documentos foram produzidos de maneira errônea.
A Fundação Saúde admitiu que em 13 de setembro foram feitos repasses à empresa no valor de R$ 857 mil. O problema ocorrido dentro do centro de análises da Baixada Fluminense foi revelado com exclusividade pela BandNews FM.
Em nota, o órgão do governo do estado afirmou que o valor é referente a serviços prestados antes da abertura da sindicância contra o laboratório.
Investigação continua
Três depoimentos de possíveis envolvidos no caso foram colhidos por investigadores. O primeiro a depor foi um dos sócios que não foi preso, Mateus Sales Mandoli.
Em seguida, os agentes de segurança ouviram uma das funcionárias do laboratório, chamada Ariel Santos, apontada em depoimento por outro técnico de laboratório como uma das responsáveis por verificar o sistema interno do PSC Lab, principalmente da assinatura dos laudos de 'falso negativo'.
Outro depoimento tido como essencial pelos investigadores foi da coordenadora do laboratório, Adriana Vargas, apontada como responsável por reduzir as checagem das amostras dos reagentes de maneira diária para semanal.