O Conselho de Ética da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro abre um processo ético-disciplinar para averiguar possível quebra de decoro parlamentar por parte do vereador Gabriel Monteiro.

O processo pode levar à cassação do mandato do político. A comissão é composta por sete vereadores e todos se posicionaram a favor da continuidade do processo, na votação que aconteceu durante a tarde desta terça-feira (05).

O presidente do conselho, Alexandre Isquierdo, afirmou que as recentes denúncias contra Gabriel motivaram a representação, principalmente a envolvendo o uso de uma criança em situação de vulnerabilidade para a gravação de um vídeo.

Nas imagens, o parlamentar pede que a menina fale que conseguiu comer uma boa refeição após uma iniciativa dele.

Em outro vídeo, um morador de rua é solicitado pela equipe do parlamentar a simular um furto. O presidente do Conselho de Ética, Alexandre Isquierdo, classificou o caso como desumano.

Gabriel Monteiro também é acusado de estupro e pela divulgação de vídeo de sexo explícito na internet.  

Também vão ser analisadas as denúncias de assédio sexual e moral, consideradas gravíssimas. Além disso, invasões a abrigos e unidades públicas para supostas fiscalização do político também estão sendo analisadas.

Ao todo, o conselho contabiliza cerca de 14 procedimentos a respeito de condutas de Gabriel.

Ao final do processo, Gabriel pode ser inocentado ou sofrer punições, que podem chegar até mesmo na cassação do mandato do vereador. O parlamentar nega as acusações.

A representação contra o vereador foi enviada à Mesa Diretora. O procedimento vai ser encaminhado à Comissão de Justiça e Redação até sexta-feira (08).

Os trâmites até o final do processo podem levar cerca de 90 dias.