O Rio Grande do Norte registra a quinta madrugada de ataques criminosos neste sábado (18). Para tentar conter a escalada de violência, nove presos acusados de ordenar os atos de dentro de presídios foram transferidos para unidades federais.

No bairro de Igapó, na Zona Norte de Natal, quatro casas foram incendiadas no início da madrugada. Moradores foram surpreendidos com a invasão do terreno que abriga os imóveis, foram obrigados a deixar o local e bandidos encapuzados jogaram gasolina e atearam fogo nas residências.

Não houve feridos na ação, mas os moradores contaram ter perdido tudo no ataque e vizinhos iniciaram uma campanha de arrecadação de itens para ajudar os afetados, que eram todos de uma mesma família.

Na noite de sexta-feira (17), um policial penal foi assassinado em São Gonçalo do Amarante, na região metropolitana. Ele estava em um bar, quando criminosos passaram atirando por volta das 21h.

Carlos Eduardo Nazário, de 49 anos, foi atingido por dois tiros, foi levado a um hospital da região, mas não resistiu. A proprietária do estabelecimento também foi ferida, mas passa bem.

Os ataques no Rio Grande do Norte começaram na última terça-feira (14) e seriam uma resposta da organização criminosa que atua nos presídios do estado contra o aumento da repressão ao crime organizado. A Secretaria de Segurança Pública também afirma que os bandidos solicitam regalias não previstas em lei no sistema penitenciário.

Os nove criminosos do Complexo de Alcaçuz, em Nísia Floresta, na Grande Natal, foram transferidos para o sistema penitenciário federal no quinto dia de ataques. Desde o início das ações, dez presos já foram transferidos.

Os ônibus circulam com frota reduzida na capital potiguar e a coleta de lixo segue com escolta da Guarda Municipal.

A Força Nacional continua a mandar reforços para o estado e a expectativa é que até 500 agentes ajudem a manter a segurança na região. Mais de 40 cidades já registraram ataques e o governo do Rio Grande do Norte afirma contar com o apoio do Governo Federal para conter a violência.