O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, comemora a decisão da justiça federal do Amazonas de determinar a restituição de toneladas de madeira que foram retidas pela Polícia Federal na divisa do Amazonas com o Pará, em dezembro do ano passado.
A decisão é da última terça-feira(4) da juíza federal Mara Elisa Andrade. 200 mil metros cúbicos foram apreendidos.
Associação Comunitária da Gleba Cumurucuri impetrou um mandado de segurança contra a apreensão liderada pelo ex-superintendente da Polícia Federal do Amazonas, Alexandre Saraiva. A entidade afirmou que a ação foi legal e que desenvolve manejo florestal sustentável.
No mês de dezembro, a PF do Amazonas fez uma série de apreensões de madeira. Em uma das operações, 43 mil toras de madeira foram confiscadas ao longo dos rios Mamuru e Arupiuns. Segundo a Polícia Federal, essa foi a maior apreensão da história.
Em março, Salles visitou a região e falou com os madeireiros sobre o assunto. Ele defendeu a devolução do material e afirmou que o desmatamento foi feito dentro da lei.
Em abril, Saraiva, então superintendente do Ibama, criticou o ministro e mandou uma notícia-crime contra Salles no Supremo Tribunal Federal (STF).
No dia 20 de abril, a a Superintendência da Polícia Federal no Amazonas foi trocada. O delegado Leandro Almada da Costa assumiu o posto no lugar de Alexandre Saraiva.