O prefeito de São Paulo voltou a afirmar nesta sexta-feira (10) que o número de equipes da Enel nas ruas é insuficiente para as demandas da capital paulista. Nas palavras dele, "seria um sonho" trabalhar em conjunto com a concessionária na poda de árvores pela cidade.
Segundo Ricardo Nunes, mais de 3.600 solicitações do serviço estão em aberto, já que dependem do desligamento da fiação elétrica. Atualmente, o tempo médio de espera para podas de árvores na capital em casos que não necessitam da atuação da Enel é de 62 dias.
Na entrevista exclusiva à BandNews FM, Ricardo Nunes disse que a prefeitura fará um mutirão neste fim de semana para recolher árvores remanescentes. Nesta sexta-feira, a concessionária Enel informou que a energia foi reestabelecida para todos os clientes afetados pela chuva da semana passada.
O próprio prefeito, no entanto, confirmou que seis ruas da zona Sul da cidade seguem sem energia por causa da queda de árvores. São três em Santo Amaro, uma na Vila Mariana, outra na Capela do Socorro e mais uma na região do M'Boi Mirim. Para situações futuras, Ricardo Nunes disse esperar que os Bombeiros possam atuar com maior ênfase por meio da "Operação Delegada".
O prefeito de São Paulo também foi questionado sobre as obras que têm aumentado a lentidão no trânsito da cidade. São 1.300 intervenções ocorrendo de forma simultânea, incluindo recapeamento e manutenção de viadutos e pontes.
Ricardo Nunes confirmou que o trabalho na Avenida Santo Amaro - um dos pontos mais críticos, com longas filas de ônibus - será finalizado em abril. Sobre os buracos nas ruas e avenidas da cidade, o prefeito de São Paulo também culpou as concessionárias pelo problema, e citou multas de mais R$ 200 milhões para a Sabesp.
Ricardo Nunes foi questionado sobre as recentes operações realizadas na região da Cracolândia. Nos últimos dias, o fluxo migrou para os arredores da Estação da Luz. O prefeito disse que a principal estratégia de combate ao problema passa por supressão do crime e tratamento médico.
Atualmente, duas mil pessoas utilizam os centros de tratamento de dependência química da prefeitura. Outras 1.200 pessoas frequentam a Cracolândia há pelo menos 10 anos.
