Reverendo apresenta atestado e não vai depor à CPI da Pandemia

Comissão mira contrato da Covaxin e negociações com Davati nesta semana

Rádio BandNews FM

Reverendo apresenta atestado e não vai depor à CPI da Pandemia
Agência Pública

O reverendo Amilton Gomes de Paula, suspeito de intermediar a compra da vacina AstraZeneca em nome do governo brasileiro, apresentou um atestado médico ao Senado e, com isso, não vai prestar depoimento à CPI da Pandemia.

A sessão estava marcada para esta quarta-feira (14), e, agora, a comissão vai discutir uma nova data. O conteúdo do atestado está sob sigilo.

Amilton Gomes de Paula é presidente da Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários, uma instituição privada com sede no Distrito Federal. O reverendo teria sido autorizado por um servidor do Ministério da Saúde a negociar a compra de 400 milhões de doses da Astrazeneca.

Nesta semana, a CPI deve receber outras três pessoas que foram citados em depoimentos como suspeitos de estarem envolvidos em irregularidades.

A representante da Precisa Medicamentos, Emanuele Medrades, é esperada na comissão nesta terça-feira (13). A funcionária assinou o contrato de compra da vacina indiana Covaxin, que entrou na mira dos senadores depois das acusações dos irmãos Miranda sobre pressões atípicas para fechamento do acordo.

Emanuele Medrades pediu ao Supremo Tribunal Federal um habeas corpus retirando a obrigatoriedade de ir à comissão, mas o pedido foi negado pelo ministro Luiz Fux. Ela, porém, poderá ficar em silêncio durante os questionamentos dos senadores.

O tenente-coronel Marcelo Blanco, ex-assessor do Ministério da Saúde, deve ser ouvido nesta quinta-feira (15), e já estuda pedir um habeas corpus ao STF. Ele é apontado como o responsável por intermediar um encontro entre o ex-diretor de logística da pasta Roberto Dias com o militar Luiz Paulo Dominguetti e Cristiano Carvalho, representante da empresa Davati no Brasil.

Eles teriam se encontrado em restaurante no Distrito Federal, onde, segundo Dominguetti, foi feito um pedido de propina por parte dos servidores para, então, dar seguimento à compra de vacinas contra a Covid-19 pelo governo federal.

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.