A reunião entre representantes da Universidade do Estado do Rio e estudantes responsáveis pela ocupação da Reitoria da instituição terminou sem acordo. O encontro foi realizado nesta terça-feira (30).
O movimento começou no fim da semana passada, após o anúncio de cortes nas bolsas de assistência, que entram em vigor em agosto.
Na ocupação, salas foram depredadas e paredes foram pichadas. Em nota, a Uerj afirmou que procurou mostrar aos estudantes presentes na reunião a necessidade de uma apuração cuidadosa com relação aos danos ao patrimônio.
A nova regra prevê que o auxílio financeiro atenda apenas alunos com renda familiar bruta de até meio salário mínimo. Antes, a assistência era concedida para quem recebe até um salário mínimo e meio.
O estudante de pedagogia Matheus Moreira afirma que as mudanças vão ter reflexos no planejamento de vida dos estudantes.
Segundo a Uerj, as bolsas em questão foram concedidas em meio à pandemia, de forma emergencial. A instituição explica, ainda, que o novo regramento não atinge cotistas e estudantes de ampla concorrência que são elegíveis aos programas sociais pelo Cadastro Único.
Ainda em nota, a universidade esclareceu que os novos critérios para concessão do auxílio entram em vigor em agosto, mas só incidem em setembro. As bolsas pagas em agosto vão seguir as regras anteriores.
A Uerj afirma que tem tido dificuldades para obter recursos necessários ao seu funcionamento em meio à crise no estado do Rio e ao regime de recuperação fiscal.