Repressão violenta da PM a protesto no Recife completa um mês sem definição sobre culpados

Uma manifestação pacífica contra o presidente Jair Bolsonaro terminou com dois homens perdendo parte da visão. As vítimas sequer participavam do ato.

BandNews FM

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara, determinou que as duas vítimas sejam assistidas pela Secretaria de Direitos Humanos do Estado
Valter Campanato/Agência Brasil

O inquérito sobre a repressão a um protesto na cidade de Recife continua sem conclusão um mês após o início das investigações.

No dia 29 de maio, a Polícia Militar de Pernambuco atirou balas de borracha e gás lacrimogênio em um grupo que se manifestava contra o presidente Jair Bolsonaro.

A ação deixou dois homens sem parte da visão ao serem atingidos por balas de borracha no rosto.

Na ocasião, o protesto era pacífico - mas as vítimas nem mesmo participavam do protesto.

Daniel Campelo, adesivador de táxis de 52 anos, e Jonas Correia, arrumador de contêineres de 29, retornavam para casa depois do trabalho. Eles foram surpreendidos pelos tiros do Batalhão de Choque e da Rádio Patrulha.

Para apurar o caso, a Corregedoria da Secretaria de Defesa Social instaurou nove procedimentos.

Dezesseis PMs continuam afastados das atividades nas ruas, incluindo Reinaldo Belmiro Lins, um dos suspeitos dos disparos que atingiram Daniel e Jonas.

O agente foi afastado de forma cautelar por 120 dias da corporação.

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