O inquérito sobre a repressão a um protesto na cidade de Recife continua sem conclusão um mês após o início das investigações.
No dia 29 de maio, a Polícia Militar de Pernambuco atirou balas de borracha e gás lacrimogênio em um grupo que se manifestava contra o presidente Jair Bolsonaro.
A ação deixou dois homens sem parte da visão ao serem atingidos por balas de borracha no rosto.
Na ocasião, o protesto era pacífico - mas as vítimas nem mesmo participavam do protesto.
Daniel Campelo, adesivador de táxis de 52 anos, e Jonas Correia, arrumador de contêineres de 29, retornavam para casa depois do trabalho. Eles foram surpreendidos pelos tiros do Batalhão de Choque e da Rádio Patrulha.
Para apurar o caso, a Corregedoria da Secretaria de Defesa Social instaurou nove procedimentos.
Dezesseis PMs continuam afastados das atividades nas ruas, incluindo Reinaldo Belmiro Lins, um dos suspeitos dos disparos que atingiram Daniel e Jonas.
O agente foi afastado de forma cautelar por 120 dias da corporação.