As mulheres ocuparão 17,7% das cadeiras na Câmara dos Deputados na próxima legislatura. O número é quase 3% maior do que hoje.
Em 2023, 91 mulheres vão preencher os assentos da Casa. Atualmente, são 77.
Como resultado da votação deste domingo (02), duas mulheres trans foram, pela primeira vez, eleitas para compor o congresso: Erika Hilton (PSOL-SP) e Duda Salabert (PDT-MG).
O PL e o PT, partidos dos candidatos à presidência Bolsonaro e Lula, respectivamente, são aqueles com mais mulheres e também contam com as duas maiores bancadas da Câmara dos Deputados.
As dez mulheres mais votadas foram Carla Zambelli, do PL, em São Paulo, Bia Kicis, do PL, no Distrito Federal, Daniela do Waguinho, do União Brasil, no Rio de Janeiro, Caroline de Toni, do PL, em Santa Catarina, Natália Bonavides, do PT, no Rio Grande do Norte, Yandra de André, do União Brasil, no Sergipe, Silvye Alves, do União Brasil, em Goiás, Dra Alessandra Haber, do MDB, na Paraíba, Socorro Neri, do PP, no Acre, e Detinha, do PL, no Amazonas.
No entanto, o número de mulheres no Parlamento ainda é baixo. Pela média global, a Câmara dos Deputados no Brasil deveria ter pelo menos 135 mulheres, ou seja, 26,4% da casa, segundo dados da União Interparlamentar.
Além das duas mulheres trans eleitas para a Câmara, em Sergipe a então vereadora de Aracaju, Linda Brasil, também trans, foi eleita para ser deputada estadual a partir do ano que vem. Ela é a primeira mulher trans a ocupar o cargo no estado.