Os Estados Unidos aprovaram nesta semana um medicamento capaz retardar o avanço do Alzheimer. Esse é o primeiro tratamento para a doença com a aprovação da agência de saúde norte-americana, a FDA.
O psiquiatra Daniel Barros, colunista do Humanamente, da BandNews FM, destaca que a notícia é sim importante, mas o público precisa entender que não é uma cura milagrosa para a doença.
Não é uma substância que consegue amenizar tantos sintomas. Na verdade, assim como outras, ela segura a progressão da doença no estágio mais inicial
“A gente ainda não tem um medicamento que cure o Alzheimer, que reverta as perdas cognitivas, mas o foco é evitar que progrida. Por isso é uma medicação que, quando aprovada, será indicada para casos leves”, disse o especialista.
A questão é que essa aprovação também deve demorar. O remédio ainda está em fase iniciais de testes nos EUA, ainda tendo um longo processo pela frente.
“A notícia é que o FDA que é a Anvisa americana, pediu para uma um painel de especialistas avaliar os riscos desse remédio versus os benefícios que eles trazem. Eles perceberam que é um custo-benefício favorável, embora exista é um risco de efeitos colaterais. Então o painel falou para o FDA: 'Olha, por nós tudo bem'. Agora, o FDA vai depois analisar e dizer se aprova ou não. Só aí que o remédio vai começar a ser disponível para as pessoas”, explicou Barros.
Não há previsão de quando esse processo em si será finalizado, ainda menos de quando o remédio poderia chegar ao Brasil. Quando chegar ao país, a droga ainda precisa da aprovação da Anvisa.
Tratamento contra o Alzheimer
Segundo Daniel Barros, mesmo com o avanço dos medicamentos que ajudam na progressão da doença, a melhor forma de combatê-la continua sendo a prevenção, para limitar os fatores de risco de seu desenvolvimento.
“Os medicamentos serão muito bem-vindos, mas a gente lembra as pessoas que controlar a pressão, controlar diabetes, evitar o sedentarismo, ter uma dieta saudável, fazer atividade física regular… Tudo isso também são medidas preventivas para perda cognitiva”, afirma.