Desde o início do governo de Jair Bolsonaro, em 2019, a Petrobras já teve três presidentes e agora se prepara para o quarto comandante. A alta nos preços dos combustíveis está entre os principais motivos para as trocas de comandos.
O primeiro a assumir a presidência, em 2019, foi o economista Roberto Castello Branco, demitido em fevereiro do ano passado por Bolsonaro. Desde então, a presidência passou a ser ocupada pelo general Joaquim Silva e Luna, que permaneceu no cargo até março deste ano.
Na época, o economista Adriano Pires chegou a ser indicado pelo governo ao cargo, mas, diante da instabilidade na empresa, ele não quis assumir.
Nesta segunda (20), a Petrobras anunciou que José Mauro Coelho pediu demissão da presidência e do Conselho de Administração da estatal. Com isso, o diretor executivo de Exploração e Produção da empresa, Fernando Borges, assume interinamente a presidência da companhia até que um novo nome seja escolhido para comando da estatal.
Um dos indicados pelo Governo Federal para o novo comando é Caio Paes de Andrade, secretário especial de Desburocratização do Ministério da Economia. José Mauro Coelho vinha sofrendo diversas pressões por parte do Congresso Nacional e do Governo Federal.
Também nesta segunda, o ministro da Economia Paulo Guedes defende que parte do dinheiro que seria arrecadado com uma possível privatização da Petrobras poderia ser utilizado em ações sociais, como o combate à pobreza no país. A declaração foi feita durante discurso na cerimônia de comemoração aos 70 anos do BNDES.
Segundo Paulo Guedes, apenas a possibilidade de levar a Petrobras para o Novo Mercado da B3 pode aumentar o valor da companhia. O segmento é destinado à negociação de ações de empresas que adotam, voluntariamente, práticas de governança corporativa.