Reino Unido pode regular redes sociais após aumento de crimes contra menores

Desde o início da série história, em 2017, houve um aumento de mais de 80% nos delitos virtuais contra jovens; ao todo, de março do ano passado para o mesmo mês neste ano, foram 6.350 crimes cometidos na internet

Da Redação com Felipe Kieling

Cresce a pressão pela regulação das redes sociais no Reino Unido, pois dados divulgados nesta semana mostram que, de março do ano passado a março deste ano, 6.350 crimes contra menores foram registrados.

Ao todo, houve um aumento de mais de 80% em relação a 2017, período do início da série histórica.

Quando o criminoso sabia o gênero da vítima, em 83% dos casos o alvo foi uma menina. Além disso, quase um quarto dos casos foram cometidos contra crianças com idade até 12 anos.

Ao todo, 150 aplicativos foram utilizados para aplicar os mais diferentes crimes contra menores, o que mostra a dificuldade dos pais e das autoridades de fazer essa monitoração. 

Mais de 70% dos delitos virtuais aconteceram em aplicativos como o Snapchat e outros da meta, como Instagram, Facebook e o WhatsApp.

Desde 2019, o parlamento do Reino Unido debate a questão da regulação das redes sociais. A proposta já enfrentou atrasos e mudanças no texto, mas é esperado que os políticos debatam sobre o tema quando retornarem do recesso de verão. A expectativa é que até o fim do ano se torne lei.

Entre os pontos da proposta está o fim das mensagens criptografadas. Essa medida tem sido questionada já que as autoridades afirmam que, quando há um crime contra crianças, as autoridades e as empresas de tecnologia devem ter acesso a essa mensagem. 

Por outro lado, as empresas de tecnologia alegam que, se elas acabarem com a mensagem criptografada, o ambiente digital irá se tornar menos seguro. 

Outro ponto da proposta é que as empresas de tecnologia sejam penalizadas quando não retirarem conteúdo ilegal. No entanto, há um grupo de empresas digitais que pressionam o governo contra o projeto dei e ameaçam abandonar o Reino Unido.