Reino Unido deve aprovar 'morte assistida' a pacientes que tenham doenças terminais

Mesmo com parlamentares divididos sobre o tema, expectativa é de que aprovação ocorra com pouca vantagem para a aprovação da medida; debate entre os britânicos já dura mais de uma década

O Parlamento do Reino Unido deverá realizar uma votação nesta sexta-feira (29) que irá definir a aprovação ou não da morte assistida a pacientes que estejam acometidos de doenças terminais, com expectativa de vida de até seis meses.  

Embora acirrada, o correspondente da BandNews FM, Felipe Kieling, informa que é esperado uma votação acirrada, mas que aprove a medida.

O debate sobre a morte assistida já dura mais de uma década. Em 2015, um projeto de lei similar foi debatido e rejeitado por parlamentares britânicos. No entanto, o sentimento popular nesta oportunidade é diferente.  

Quem é favorável sustenta que o Reino Unido terá uma das regras mais rígidas do mundo. Além de ter uma doença terminal e baixa expectativa de vida nos próximos meses, a aprovação deverá ser dada por dois médicos independentes, e por um juiz.

Aqueles que são contras alegam que há questões morais e religiosas que precisam ser levadas em conta na tramitação da matéria, além do que pessoas podem ser pressionadas por familiares para encerrar a vida.

"É um assunto muito divisivo. Mas estava escutando o debate no Parlamento, [...] e aparecem histórias fortes de familiares falando: 'Vi minha mãe agonizando na cama com câncer terminal. Ela não podia tomar morfina por ter rejeição, pediu para morrer e foi algo complicado'. Só quem passa por essa dor pode falar melhor. É algo complicado, votação apertada, mas deve passar no Parlamento", disse Kieling.

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