O âncora de "O É da Coisa", Reinaldo Azevedo, comenta a operação da Polícia Federal deflagrada neste domingo (24), que resultou na prisão dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco. O jornalista classifica como "impressionante" o relatório final da PF sobre o caso, que tem 479 páginas.
Ele lembra que Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, preso por acobertar e planejar o assassinato, foi indicado ao cargo pelo então interventor federal, General Braga Netto, e que o interventor foi alertado de que Rivaldo tinha ligação com a milícia.
Para Reinaldo, o caso jamais teria sido solucionado se Lula não tivesse vencido a eleição: "se o outro tivesse vencido, estaríamos no estágio em que estávamos, da não solução", diz, fazendo referência a Jair Bolsonaro, que tinha Braga Netto como vice na campanha em 2022. Ele também afirma que é importante que o caso tenha sido resolvido, mas é preciso entender as forças que estão envolvidas no crime. Para o apresentador, existe em curso uma tentativa de tomada do estado brasileiro pelo crime organizado e conclui: "é por isso que o caso Marielle tem que ser ponto de partida e não de chegada".