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Reinaldo: País, até agora, ignorou o custo social das enchentes e deslizamentos

Reinaldo Azevedo fala sobre a necessidade de realizar a reforma urbana e que a tragédia do litoral norte não seja esquecida

Rádio BandNews FM

O âncora do O É da Coisa, Reinaldo Azevedo, afirma que é “bom” que a tragédia do litoral norte de São Paulo “cale fundo” na memória das pessoas, para que não seja esquecida a fim de evitar uma próxima tragédia.

Para Reinaldo Azevedo, se uma chuva de 680 milímetros cair em qualquer capital brasileira, haverá mais mortos e desabrigados do que será contabilizado agora, pelo fato de milhões de pessoas morarem em áreas precárias e em razão da concentração urbana.

Todos os anos, os temporais deslocam mais de 300 mil pessoas de suas moradias. Somente no ano passado, morreram mais de 500 pessoas em decorrência das chuvas.

Um exemplo da “incúria” continuada e de respostas não havidas, segundo o jornalista, é a tragédia de Petrópolis, que traumatizou o país e depois ficou à espera da tragédia seguinte.

Por fim, o âncora afirma que a reforma urbana não ser uma prioridade no Brasil é uma vergonha. “É preciso que a gente se conscientize do tamanho do problema e cobre uma resposta, porque isso faz o país se desenvolver. Abandonar essa questão é jogar o Brasil no atraso”.