O âncora do “O É da Coisa”, Reinaldo Azevedo, fala sobre a ligação de Fernando Haddad, futuro ministro da Fazenda, para Paulo Guedes pedindo que o atual governo se abstenha de editar uma Medida Provisória prorrogando a desoneração de combustível.
Em março deste ano, o governo de Bolsonaro zerou as alíquotas de PIS e Confins para baixar o preço dos combustíveis. Reinaldo Azevedo afirma que a perda de arrecadação em 12 meses é de cerca de R$ 53 bilhões. A medida que, segundo o jornalista, tinha um caráter eleitoreiro vale até o dia 31 de dezembro.
Para o apresentador, é evidente que não é possível manter a desoneração como está, porque é preciso reconsiderar os fatores normais de uma política de preço. Por exemplo, quando a MP foi editada o barril de petróleo custava US$ 115. O valor chegou até US$ 127. Porém, atualmente está cotado a US$ 85. Assim, o âncora avalia que é preciso aguardar para ver qual vai ser a política de preços do próximo governo.
Reinaldo Azevedo observa que um governo que deixa de arrecadar R$ 53 bilhões com combustíveis vai ficar sem dinheiro para investir em áreas essenciais.
Já sobre Simone Tebet, que deve ser anunciada como ministra do Planejamento nesta quinta-feira (29), o jornalista acredita que a escolha possa gerar tensões com Fernando Haddad em função das visões diferentes dos dois.
E em relação à decisão de Jair Bolsonaro de ir aos EUA antes de acabar o mandato, Reinaldo Azevedo avalia que a atitude “parece uma fuga, encerrando o governo de uma forma pusilânime e vexatória, como foi durante os últimos quatro anos”.