O âncora da BandNews FM Reinaldo Azevedo avalia a fala do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, afirmando que as suspeitas de pedido de propina por pastores no Ministério da Educação é uma "corrupção virtual", já que as compras superfaturadas não foram efetuadas.
No comentário da manhã desta segunda-feira (11), o jornalista avalia a justificativa do ministro após a divulgação pelo jornal O Estado de S. Paulo da ata de preços superfaturamentos em um processo de compra de ônibus para áreas rurais.
Nogueira afirma não acreditar em qualquer episódio que atrapalhe o discurso anticorrupção do governo federal: "Não houve corrupção. É uma corrupção virtual. Existem as narrativas, mas o que foi desviado lá? Não foi pago nada", reiterou à Folha de S.Paulo em entrevista publicada no fim de semana.
Reinaldo também comenta o escândalo das chamadas “escolas fake”, envolvendo Ciro Nogueira. Sem dinheiro para concluir as obras de pelo menos 3500 colégios, o Ministério da Educação autorizou a construção de outras 2000 unidades.
Os projetos não têm recursos previstos no Orçamento, mas – mesmo assim – já estão sendo anunciados por deputados e senadores que buscam a reeleição.
O esquema tem como base o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, controlado por Marcelo Ponte, apadrinhado de Ciro Nogueira. Só para tocar as novas escolas anunciadas, o FNDE precisaria de quase R$ 6 bilhões – o que levaria 51 anos com o valor destinado atualmente.
O âncora afirma que atualmente os ministros "sequestraram" o presidente Jair Bolsonaro e falam ou fazem o que querem sem pensar nas consequências para a atual gestão.