Reinaldo: Diálogos da cafajestagem golpista nos leva a indagar: que tipo de militares formamos?

Âncora questionou a formação dos oficiais das Forças Armadas e o tipo de "concepção de mundo" que os militares aprendem; novos áudios de generais que apoiaram golpe de Estado são revelados

O âncora Reinaldo Azevedo, que comanda o 'É da Coisa' na BandNews FM, analisou os mais recentes áudios divulgados em que militares do Exército planejam a realização de um golpe de Estado após as eleições presidenciais de 2022.

Em um dos áudios, o general Mario Fernandes, na época número 2 da Secretaria-geral da presidência, declarou ter conversado com o então presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a viabilidade do plano de interferir no resultado eleitoral.

"Durante a conversa que eu tive com o presidente, ele citou que o dia 12, pela diplomação do vagabundo, não seria uma restrição, que isso pode, que qualquer ação nossa pode acontecer até 31 de dezembro e tudo. Mas, porra, aí na hora eu disse, ‘pô presidente, mas o quanto antes, a gente já perdeu tantas oportunidades'", declarou o militar.

Reinaldo mostrou-se impressionado com as declarações daqueles que ocupam os "altos escalões das Forças Armadas". "Claro que estamos com um problema ai, claro que existe algo sério na formação dessas pessoas. O que as Forças dizem de si mesmas, não combina com essas personalidades", declarou o âncora.

Azevedo ainda pontuou que estes posicionamentos golpistas não representam a totalidade do Exército, mas "são pessoas graduadas e que estavam em postos de comando".

O âncora também destacou que é preocupante a adesão de parte do comando das Forças Armadas em avançar com uma intervenção. "Que senso de defesa do país, tem alguém que se torna um general quatro estrelas, e defende um golpe de Estado?", declarou.

"Chegou a hora de a gente discutir, a sério, esse negócio da formação das Forças Armadas. Que concepção de mundo essa gente tem? Temos de saber que militares estamos formando, até porque custam muito caro ao Brasil. Especialmente os que estão na reserva e eram, alguns deles, os mais entusiasmados pelo golpe", finalizou.

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