O âncora de "O É da Coisa", Reinaldo Azevedo, fala sobre o crescimento da influência do Congresso Nacional no cenário político e a relação com o aumento das emendas parlamentares.
Contextualizando: em 2015, uma Proposta de Emenda à Constituição tornou obrigatória a destinação de verbas para emendas individuais de senadores e deputados. Depois, em 2019, uma outra PEC tornou obrigatório o pagamento das emendas de bancadas estaduais.
Para o orçamento do ano que vem, os dois tipos de emenda somam R$ 37,5 bilhões.
Para Reinaldo, o problema não está no pagamento desses montantes, mas no fato de que deputados e senadores, embora sejam parte dos gastos, não respondem por eles como o Executivo. Além disso, o dinheiro não costuma ser direcionado para programas de desenvolvimento, em áreas como saúde e educação. "São gastos que vão se fragmentando nas bases de parlamentares", afirma o âncora.
Ele avalia que é preciso rever o modelo atual criar um mecanismo para que "o Congresso possa responder à sociedade brasileira, na mesma proporção de poder que passou a adquirir nos últimos anos".