O âncora de O É da Coisa, Reinaldo Azevedo, comenta nesta quarta-feira (26) sobre o Conselho de Administração de Recursos Fiscais.
O jornalista explica que o Carf funciona para que empresas devedoras da Receita Federal discutam questões tributárias. A assembleia é formada por 130 pessoas, sendo 65 auditores fiscais e outros representantes de confederações empresariais.
O conselho arbitra disputas entre o governo e empresas. Até 2020, havia o voto de qualidade, ou seja, caso houvesse um empate, o governo desempatava. Porém, Bolsonaro aboliu esse estilo de votação.
Nesta semana, o Ministério da Fazenda recebeu uma carta da OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento – afirmando que o funcionamento do conselho como está é contraproducente e está dominado pelo empresariado.
Reinaldo afirma então que as decisões de Bolsonaro privatizaram o Brasil e agora chamam a atenção do mundo para os problemas criados pelo ex-presidente e o então ministro Paulo Guedes: “O Brasil tem um sistema para arbitrar essas questões sobre impostos, mas não é o governo que decide e, sim, os devedores. É um escândalo perpetrado pelo governo Bolsonaro, aquele que não privatizou estatais, mas privatizou o próprio país”, diz o jornalista.