Reinaldo: Bolsonaro disse em 2020 que tinha “sistema particular de informação”

Reinaldo Azevedo comenta o relatório da Polícia Federal que aponta a utilização irregular da Abin durante a gestão Bolsonaro

BandNews FM

O âncora de "O É da Coisa" na BandNews FM, Reinaldo Azevedo, comenta o relatório da Polícia Federal, divulgado na quinta-feira (11), que aponta a utilização irregular da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante a gestão de Jair Bolsonaro.  

A PF afirma ter encontrado um áudio de uma reunião entre o deputado federal Alexandre Ramagem, na época diretor-geral da Abin; o general Augusto Heleno, então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional; e o ex-presidente Jair Bolsonaro. No encontro, eles discutiram supostas irregularidades cometidas pela Receita Federal nas investigações contra o senador Flávio Bolsonaro no caso das “rachadinhas”. Segundo o órgão, a Abin foi usada para monitorar auditores da Receita.   

Para Reinaldo, Flávio poderia ter denunciado a invasão imprópria dos seus dados, em vez de utilizar a agência para monitorar os servidores da Receita que cometeram falhas. “Uma agência de inteligência não existe para proteger um governante e seus familiares”, diz o âncora.  

O jornalista considera que a Abin foi utilizada, durante o governo Bolsonaro, para interesses privados. Segundo ele, a entidade - conectada ao “gabinete do ódio”’ - monitorou de forma ilegal políticos, ministros do Supremo Tribunal Federal e jornalistas.  

O âncora da BandNews FM relembra a reunião ministerial de 2020, na qual Bolsonaro cita que tinha um sistema de inteligência “particular”.   

Reinaldo conclui que o ex-chefe do Executivo já confessava, na época, o que foi agora descoberto pela Polícia Federal. 

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