Ontem, durante comemoração do aniversário do presidente Jair Bolsonaro, diversas pessoas se reuniram em frente ao Museu Nacional, na área central de Brasília. Poucas delas usavam máscaras de proteção e houve aglomeração por parte dos apoiadores do presidente da República. Ainda ontem, o Distrito Federal alcançou uma média móvel de 38 óbitos, um aumento de 133,3% em relação ao registrado há 14 dias atrás. No estado, a taxa de ocupação de leitos de UTIs está na casa dos 98%, e mais de 300 pessoas estão na fila à espera por um leito.
O âncora do É da Coisa, Reinaldo Azevedo, questiona quem paga a conta das carreatas e protestos a favor do presidente da República. Para ele, assim como não há almoço grátis, também não existe hospedagem grátis. Reinaldo reforça a importância de se investigar da onde partem esses gastos que financiam esse tipo de movimento.
Além disso, o âncora da BandNews FM comenta a carta aberta enviada ao governo, ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal, em que centenas de banqueiros e economistas brasileiros pedem medidas efetivas no combate ao coronavírus. O grupo lembra que o Brasil é hoje o epicentro da doença, alerta para o esgotamento de recursos na saúde e diz que a situação econômica e social é desoladora. Na carta, eles afirmam que a saída definitiva é a imunização em massa e, sem citar nomes, dizem que a postura adotada por líderes políticos pode fazer diferença para o bem ou para o mal, como dificultar a adesão da população a comportamentos responsáveis e ampliar o número de infectados.
Sobre isso, Reinaldo pontua que a carta “demole” a tese de Bolsonaro de que o isolamento social e as medidas restritivas de combate à disseminação da Covid-19 se opõem à eficiência econômica. Para ele, a decisão dos banqueiros e economistas escancara a necessidade urgente de medidas sanitárias mais sérias para que a economia possa se recuperar.
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