Muita besteira está sendo dita por aí – até mesmo na imprensa profissional – sobre o que está em curso no julgamento do STF. Novamente: nunca se tratou de absolver o ex-presidente Lula. Se isso vier a ocorrer, será mais adiante. O que está sendo julgado é a suspeição do ex-juiz Sergio Moro, ou seja, sua parcialidade na condução dos processos.
Já a decisão monocrática tomada pelo ministro do Supremo Edson Fachin nesta segunda-feira (8) – que irá a plenário – diz respeito ao juiz natural. O que isso significa? Que o ministro decidiu que Moro nunca foi juiz para as causas que condenaram Lula. A 13ª Vara Federal de Curitiba deveria se ater às acusações que diziam respeito à Petrobras. O que foi julgado nada tem a ver com a empresa.
Tudo isso envolve apenas o ex-presidente, claro. Ao mesmo tempo, diz respeito a todos nós. No dia em que não tivermos direito a um juiz imparcial e natural para as causas a serem julgadas, não estaremos mais vivendo em uma democracia.
Pronunciamento de Lula
O ex-presidente fez ontem o seu primeiro pronunciamento após a suspensão de suas sentenças. Mesmo se dizendo magoado pelo o que ocorreu, em nenhum momento se viu um ataque à democracia, às instituições e à ordem. Pelo contrário. Lula fez a defesa do Congresso Nacional.
Querendo ou não, ele já causou uma reorganização da política, o que incluiu até mesmo uma mudança de postura por parte de Bolsonaro, que apareceu usando máscara após um longo período de negacionismo.
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O É da Coisa
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