A notícia que promete gerar muito calor e pouca luz nesta quarta-feira (12) vazou no fim da tarde de ontem. O delegado Bernardo Guidali Amaral, um fanático do lavajatismo na Polícia Federal, enviou, na semana passada, um pedido a Edson Fachin – relator do Petrolão no Supremo – para que se abra uma investigação contra o ministro Dias Toffoli, outro membro do STF. Fachin encaminhou o pedido ao procurador-geral da República, Augusto Aras, que dará o seu parecer.
Um pedaço da imprensa e a absoluta maioria da subimprensa irá fazer um grande escarcéu sobre o caso, com a afirmação já conhecida de que “o Supremo está repleto de corruptos”. Bom, antes de mais nada, é necessário pensar um pouco e procurar entender o que originou o tal pedido.
Sérgio Cabral, ex-governador do Rio condenado a 340 anos de cadeia, decide fazer uma delação premiada picareta contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, alegando que – pasmem – ouviu dizer que Dias Toffoli vendeu uma sentença por R$ 4 milhões. Novamente, a base da delação é algo que Cabral “teria ouvido dizer”. E o delegado Bernardo Guidali – que já chegou até mesmo a solicitar a prisão temporária de Dilma Rousseff por algo de cinco anos antes – decide pedir investigação. Estamos diante de algo do arco da velha.
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