O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu, nesta quarta-feira (06), o julgamento que definiria como seria o depoimento de Jair Bolsonaro à Polícia Federal. A decisão ocorreu após o presidente da República anunciar que fará sua defesa de modo presencial no inquérito que apura suposta interferência indevida do chefe do Executivo na Polícia Federal. A acusação de interferência foi feita pelo ex-juiz Sergio Moro ao deixar o Ministério da Justiça.
Após o posicionamento de Bolsonaro – que pediu apenas que lhe seja facultada a prerrogativa de marcar local e data para depor – o ministro Alexandre de Moraes pediu para que o caso fosse retirado da pauta para avaliar se ainda faz sentido que os magistrados discutam a questão.
Bolsonaro não é testemunha, é investigado
O âncora da BandNews FM, Reinaldo Azevedo destaca que o Parágrafo 1º do Artigo 221 do Código de Processo Penal define que o presidente e o vice-presidente da República, assim como os chefes dos outros poderes, podem optar pela prestação de depoimento por escrito, com as perguntas sendo transmitidas por ofício. Contudo, o jornalista pondera que tal prerrogativa, assim como a de definir hora e local para o depoimento, vale apenas para testemunhas, não para investigados, que é a condição de Bolsonaro.
Moro vs. Bolsonaro?
O âncora do programa “O É da Coisa” avalia ainda que, em um possível confronto político entre Jair Bolsonaro e Sérgio Moro pela presidência da República, “o bom senso torce para que os dois saiam derrotados”.